Esses três tópicos estão na raiz do problema de qual informação as pessoas podem ter acesso pela Internet e o que elas podem fazer sobre a manipulação de imagens pornográficas. Esta discussão pode auxiliar os provedores de acesso, que são comandados por profissionais da área de computação, sobre como se comportar em relação à censura de material armazenado no site, que é de responsabilidade dos usuários.
-pornografia,
-linguagem odiosa-informação que pode apoiar actividades perigosas
- "dano virtual".
A pornografia na Internet bombardeia as nossas crianças, pré-adolescentes e jovens forçando uma precocidade sexual antinatural e perversa. Em princípio, esta pornografia estaria disponível em outros meios também, mas a divulgação rápida e o difícil controle é o que mais preocupa.
Os materiais com linguagem odiosa são provenientes de grupos que divulgam mensagens de ódio e racismo sem nenhum controle, algo que não conseguiriam usando outros meios de comunicação. As informações que podem apoiar actividades consideradas perigosas para o ser humano ou ao meio ambiente podem ser as mais variadas possíveis como, por exemplo, instruções sobre como fabricar bombas.
O "dano virtual" é aquele que ocorre no mundo real devido a acontecimentos no mundo virtual. È o caso de jogos violentos. Crianças passam horas matando-se uns aos outros no espaço virtual. O jogo em sim, não irá tornar uma criança ou um adolescente, uma pessoa mais violenta. Mas aqueles que já tiverem uma predisposição para violência e não tiverem uma base familiar, sentirão mais confortáveis em cometer um acto criminoso depois de jogarem esses jogos violentos.
Outro ponto a ser levantado é a manipulação de imagens na Internet. Hoje em dia com vários softwares de edição de imagens disponíveis na Internet e de forma gratuita, fica mais fácil de manipular imagens e jogar estas na rede. Isto corresponderia a uma forma de mentira e de engano, e se as imagens causar danos a terceiros, pode estar sujeito a censura.Segundo especialistas no assunto, policiar um sistema tão vasto e com tantos recursos técnicos seria uma tarefa extremamente cara e de resultado incerto. Embora seja possível bloquear o acesso aos sites publicamente conhecidos como pornográficos, os programas de filtro de conteúdo, frequentemente apresentados como alternativa para impedir o acesso às páginas inconvenientes, são de eficácia duvidosa.

Algumas medidas, no entanto, podem ser adoptadas. Quando identificados, os responsáveis pela divulgação de pornografia infantil, racismo ou incitamento ao ódio, devem ser rigorosamente punidos. A censura prévia, indesejável e tecnicamente inviável, não elimina o necessário enquadramento do criminoso comprovado. Pode-se, também, estimular mecanismos de auto-regulamentação. Associações poderiam definir um código de ética e conferir selos de qualidade para quem assumisse o compromisso de não difundir material imoral ou anti-social, publicar listas negras com nomes dos indesejáveis do ciberespaço, etc.

Como salientou matéria do The Economist, "ao atingir tantas pessoas, com tanta facilidade, a Internet pode resultar, ironicamente, em que as pessoas precisem menos dos governos, à medida que coloca a tecnologia nas mãos de quem a quiser. Os crivos contra a pornografia não são perfeitos, mas são menos permeáveis do que os toscos instrumentos brandidos pelos censores do governo". A aventura da liberdade, desguarnecida de ilusórias intervenções do Estado, acabará gerando uma sociedade mais consciente e amadurecida.
Fonte: http://ifsulrh.blogspot.com/2009/06/etica-na-internet.html (adaptado)
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